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O investimento da Finerge em Espanha, a dívida e a entrevista à embaixadora dos EUA
02-04-2024 07:01

Bom dia,

A Finerge está cada vez mais perto de atingir o seu objetivo de ter 2.000 megawatts (MW) de capacidade instalada na península Ibérica. O maior produtor de energia eólica em Portugal, que explora 82 parques eólicos e 17 parques solares em 59 municípios em Portugal e seis províncias em Espanha, acaba de investir 130 milhões para comprar mais quatro centrais eólicas localizadas na região espanhola de Navarra, avançou a empresa ao Negócios. No ano passado, atingiu uma faturação total de cerca de 403,5 milhões de euros, prevendo continuar a crescer em 2024.

Esta é a manchate do Negócios desta terça-feira, onde pode também ler uma entrevista a Randi Charno Levine, embaixadora dos EUA. A Operação Influencer, que cair o Governo, gerou dúvidas sobre a confiança dos investidores internacionais, mas, pelo menos para as empresas americanas, não fez a menor diferença. “Desde que isso aconteceu, houve grandes investimentos de empresas americanas em Portugal, particularmente na área da energia. Por isso, penso que o fluxo de negócios falará por si mesmo”, responde a diplomata. Sobre o 5G, diz que o país foi "corajoso".

E por falar em Governo, a tomada de posse obriga a dança das cadeiras no Parlamento. A partir da lista de ministros apresentada ao Presidente da República é possível antecipar pelo menos 26 substituições de deputados entre os sociais-democratas e centristas que saem para o Executivo a que se somam socialistas que estavam no Governo e ocupam agora o seu lugar no Parlamento. Além disso, o recrutamento de Luís Montenegro em Estrasburgo obriga a trocas no Parlamento Europeu e também em Portugal, com uma deputada a deixar o mandato para assumir os três meses de trabalhos que restam no Parlamento Europeu.

A dívida está também em destaque. O ponto de partida foi bastante melhorado, mas a dívida pública nacional mantém-se ainda entre as de risco mais elevado na União Europeia. Será possível chegar perto dos 80% do PIB até 2034, mas só se não houver mudança de rumo orçamental e nas condições financeiras internacionais. De contrário, o progresso será muito limitado, indica uma nova análise de Bruxelas, que deverá guiar a trajetória de redução de dívida nas novas regras orçamentais europeias a partir de 2025 .

Por outro lado, os certificados de aforro voltam a estar na ordem do dia. A enchente de poupanças que entrou neste produto no início de 2023 levou o Ministério das Finanças e a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP a lançarem, a meio do ano passado, uma nova série com condições diferentes. As mexidas tornaram-no menos atrativo, começando a surgir vozes que apelam a uma nova mudança. O tema divide opiniões.

Terça-feira é dia de Radar África. Desta vez, falamos de Paul Kagame, o autocrata que seduziu o Ocidente. Trinta anos volvidos sobre um genocídio que comoveu o mundo, o Ruanda ganhou a fama de país que "sabe fazer" graças à habilidade do Presidente, Paul Kagame, que mistura negócios do Estado com o do seu partido, como se vê em Moçambique.

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Boas leituras e bom fim de semana prolongado.